A segunda edição da Oficina de Pais e Filhos na cidade de Varginha, sul de Minas Gerais, aconteceu hoje, na Faculdade de Direito de Varginha (FADIVA). O projeto, que no ano anterior colheu depoimentos emocionantes de pais que estão passando pelo processo do divórcio e que participaram das atividades propostas pela oficina, repetiu o grande feito e cumpriu com o objetivo de auxiliar pais, mães e filhos a buscarem a solução de conflitos de forma harmoniosa e pacífica. A atividade é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Juíza Vanessa Aufiero da Rocha, que conta com o apoio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos (CEJUSC).
Os interessados em ser instrutores do projeto passaram por uma capacitação e promoveram encontros para discutir o divórcio, as consequências da separação e a figura do filho diante da situação. Esse é o segundo ano que a Gerente Administrativa da Fundação Educacional de Varginha, Júnia Bemfica Guimarães Cornélio, participa das atividades e ela afirma que esse é um momento muito importante para que os pais possam compreender como os filhos vivenciam a separação. “A finalidade é a de efetivar mudanças para a boa convivência familiar e prevenir a alienação parental, na medida em que se procura conscientizar os envolvidos, a fim de evitar os danos característicos desse momento”, explicou.
Ao ressaltar a importância das Oficinas de Pais e Filhos, o presidente da OAB de Varginha, Dr. Alexandre Prado, falou sobre a atuação do advogado diante da cultura jurídica moderna. “Hoje em dia a atuação do advogado é no sentido de estimular os métodos alternativos de pacificação de conflitos, a fim de minimizar as demandas jurídicas dessa natureza e, ao mesmo tempo, dar aos litigantes segurança jurídica, com o respaldo técnico. Diante disso, as Oficinas contribuem de forma positiva no trabalho dos advogados, buscando a solução consensual dos litígios de sua responsabilidade”, disse o presidente.
Na cidade de Varginha a Oficina de Pais e Filhos foi uma iniciativa da Coordenadora do CEJUSC, Juíza Dra. Adriana Fonseca Barbosa, que relatou que os pais que participam das atividades propostas já chegam na sala de audiência com o intuito de pacificação e conciliação. “Esse é o papel fundamental da oficina, pois ela esclarece conflitos que sozinhos os pais não conseguem administrar, o que faz com que eles próprios busquem por soluções”, declarou.